Se muitas pessoas já relatam desconforto com a possibilidade de procurar por terapia individual, imagina quanto à ideia de realizar terapia de casal? Hoje, ainda há um grande tabu e desconhecimento em relação a essa modalidade de terapia.
Apesar dos benefícios que esse formato terapêutico pode trazer ao relacionamento, muitos pensamentos costumam surgir e impedem que as pessoas procurem por esse serviço: “Não vou procurar um terapeuta para ficar ouvindo de um estranho o que devo fazer”, “Eu não preciso de terapia, quem precisa é o meu parceiro”, “Meus amigos nunca iriam aceitar a ideia de que eu estou fazendo terapia de casal”, “Nosso casamento está bem, nunca a agredi”. Esses pensamentos que são tão corriqueiros fazem com que muitas pessoas procurem a terapia de casal apenas como a última opção na tentativa de salvar o relacionamento. No entanto, muitas vezes quando isso acontece um ou ambos já desistiram de tentar mudanças no relacionamento.
A terapia de casal, longe de ser uma receita médica prescritiva, do tipo: “Diga algo gentil ao seu parceiro pelo menos uma vez ao dia”, é um espaço onde as perspectivas e metas dos clientes são incluídas em todo o processo terapêutico.
O objetivo da terapia de casal é promover a satisfação conjugal, principalmente, com foco na aceitação emocional, ajudando os casais a desenvolverem uma nova compreensão das suas diferenças aparentemente irreconciliáveis e usá-las em direção a promoverem a intimidade, a empatia e a compaixão um com o outro (Christensen e outros, 2016). Várias pesquisas têm demonstrado a eficácia da terapia de casal, mesmo após o término da mesma. Eu também tenho presenciado muitas experiências positivas com essa modalidade.
Gleison Pessoa Machado
Psicólogo
Terapia de Casal
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