Possuímos uma capacidade imensa de realizar comparações, inclusive de forma involuntária, e realizamos em vários momentos.
No relacionamento amoroso não é diferente. Às vezes, nutrimos a ideia de que o outro possui um relacionamento perfeito, sem diferenças, muito fácil e tranquilo. “Como eles conseguiram isso?”; “Qual é a fórmula secreta?”. Porém, se pegássemos a câmera do Big Brother e olhássemos mais próximo os casais, conseguiríamos perceber várias diferenças. Russ Harris [1] aponta algumas: (a) diferentes pensamentos e sentimentos, (b) interesses diferentes, (c) diferentes expectativas sobre o trabalho doméstico, sexo, dinheiro, religião, feriados e lazer, (d) estilos diferentes para se comunicar, negociar e se expressar, (e) reações diferentes ao que gosta ou detesta, (f) diferentes padrões de limpeza e arrumação, (g) amigos e familiares que não se dão muito bem, (i) hábitos profundamente arraigados e peculiaridades que irritam o outro. Ufa! Que lista!
Apesar de martelar em nossa mente a ideia de que “Se ele fosse mais parecido comigo, não haveria tantas discussões”. A verdade é que sempre existirão diferenças. Alguns casais com menos, outros com mais. Se esperarmos nosso parceiro ser como queremos, podemos deixar de viver muitas coisas importantes e há grandes chances de afundarmos em tristeza e ressentimentos.
Dado esse novo olhar, construir e manter um relacionamento saudável não é algo tão fácil assim, cada um será muito exigido na melhoria da comunicação, resolução de problemas, negociação, compromisso e, principalmente, muita aceitação das diferenças.
Com a Terapia de Aceitação e Compromisso aprendemos a aceitar as diferenças do parceiro, lidar melhor com as emoções negativas que surgem no relacionamento e a investir mais tempo na direção do que é realmente importante para você e seu parceiro, mesmo quando há tantas diferenças!
Gleison Pessoa Machado
Psicólogo
Terapia de Casal
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