Desde o último ano, eu tenho me aventurado mais em subir morros, fazer trilhas, alguns amigos chegaram a me chamar de “calango” 😅.
A partir desse recorte escrito pelo Renato Nogueira, fiquei pensando sobre a quantidade de experiências que envolve uma “escalada de montanhas”, o quanto que subir uma montanha não costuma ser uma tarefa tão fácil assim, mas que envolve dedicação, medo, frustração, etc. Recentemente, numa dessas aventuras, eu e minha esposa andamos 30 km, após errarmos uma trilha. Foi muito frustrante e tivemos muito medo, ao mesmo tempo essa experiência foi também uma oportunidade de oferecer apoio e incentivo um ao outro.
Faz sentido que é nesse percurso que surge a intimidade, que se faz caminho ao andar. Na escalada da montanha também podemos aprender a ser gratos, contemplativos, generosos...
Na terapia de casal, sinto que também estou escalando uma montanha ao lado dos meus clientes, não que eu me considere um expertise em escaladas ou que já tenha chegado no topo, mas me vejo muito mais como alguém que também está subindo a minha montanha, e que de onde estou (mais por uma questão de perspectiva profissional) posso notar quando uma avalanche se aproxima, um caminho alternativo que o casal poderia tomar ou ferramentas que poderiam utilizar. Mas sempre com muito respeito à subida deles nessa montanha, pois também estou subindo a minha, ainda cometo erros e também aprendo com eles.
*O trecho foi retirado do livro “POR QUE AMAMOS - O que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor” - Autor: Renato Nogueira.
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